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Roteiro Turístico

Em termos de património arqueológico, o monumento mais importante da freguesia é, seguramente, a estação romana de Tróia. De entre o património edificado, há que referir as típicas cabanas de colmo, e o Monumento aos Poetas Populares. No entanto, é ao nível do património natural e paisagístico, constituído pela sua extensa costa, as dunas, e parte do estuário do Sado, que a freguesia é mais rica e atraente.

PATRIMÓNIO CULTURAL

•  Ruínas romanas de Troia

As ruínas romanas de Troia são um monumento arqueológico situado na margem esquerda do rio Sado, na face noroeste da península de Troia, em frente a Setúbal, no concelho de Grândola, freguesia do Carvalhal, em Portugal. As ruínas, que abrangem várias construções do período entre os séculos I ao VI, estão classificadas como Monumento Nacional desde 1910.

Neste local existiu um agregado populacional dedicado à pesca e ao fabrico e exportação de conservas de peixe (garum), ativo desde o século I até o século VI. É provável que a península onde se localizava o povoado fosse, naquela época, uma ilha, que alguns identificam com a ilha de Ácala referida na obra Ora Maritima, de Avieno, um escritor latino do século IV. Não existem, no entanto, dados arqueológicos que o comprovem. Foi parte do território da cidade de Salácia (atual Alcácer do Sal).

No século XVI, os humanistas Gaspar Barreiros e André de Resende referem-se às ruínas, mas parecem te-las confundido com Cetóbriga (Setúbal). Vários autores as mencionam nos séculos seguintes, e na segunda metade do século XVIII foram realizadas as primeiras escavações arqueológicas conhecidas, patrocinadas pela infanta (e futura rainha) Maria. Nestes trabalhos foram escavadas umas casas romanas na zona hoje chamada "Rua das Casas da Princesa", em homenagem à infanta.

Em 1850 as escavações ganharam novo ímpeto com a criação da Sociedade Arqueológica Lusitana, que realizou trabalhos nas "Casas da Princesa", onde encontram paredes com pinturas e pisos com mosaicos, entretanto desaparecidos. Mais recentemente foram levadas a cabo várias campanhas entre 1948 e 1967, nas quais foram escavados os banhos, as casas de salga, as necrópoles e a basílica paleocristã.

Indústria e ruínas
As estruturas mais características de Troia são as muitas oficinas de salga de peixe. Além destas, as ruínas abrangem ainda um núcleo habitacional com casas de rés-do-chão e primeiro andar (as chamadas "Casas da Princesa"), várias necrópoles, um columbário, termas, uma roda de água (rota aquaria) e os restos de uma basílica paleocristã.

•  Cabanas de Colmo

Habitações de trabalhadores rurais e salineiros. Construídas com os materiais abundantes na zona: junco, estorno, cana, com estrutura em madeira.
Sejam elas em caniço, de madeira ou alvenaria com telhados de colmo, respeitam a arquitetura tradicional, encontram-se em várias áreas da região.

•  Capela de Nossa Senhora de Troia

A Capela de Nossa Senhora de Tróia fica situada na Caldeira (Carvalhal), concelho de Grândola. Da capela primitiva do século XV resta apenas um arco gótico. Na sacristia existe um ex-voto pintado por F.A. Flamengo no início do século XX. A capela só se encontra aberta no mês de Agosto, durante a festa, altura em que se realiza uma procissão.

PATRIMÓNIO PAISAGÍSTICO

•  Praia do Pego

Praia com um extenso cordão dunar e um imenso areal, de qualidade superior em termos ambientais, equipada com um apoio de praia (restaurante, bar e instalações sanitárias completas), acessos pedonais e estacionamentos sombreados, condições essas que garantem a manutenção dos vários galardões de excelência que lhe são anualmente atribuídos como o da Bandeira Azul, Praia Acessível e Qualidade de Ouro. A praia é ainda certificada pela Norma de qualidade ambiental ISO 14001.

O mar garante ótimas condições para banhos, sendo a qualidade da água uma garantia para a prática da natação, ou pesca desportiva para além de, em determinadas épocas do ano, o surf  e o bodyboard.

Gastronomia
Existe uma vasta oferta de restauração onde se pode encontrar pratos confecionados com produtos da região (batata-doce, arroz e peixe).

Património arquitetónico
Exemplares recuperados de antigas construções em colmo, características da região e que são também transportadas para o artesanato local enquanto miniaturas feitas no mesmo material.

Bandeira azul
Qualidade de ouro
Praia acessível
Certificação ISO 14001

•  Praia do Carvalhal

Distinguida com o galardão Bandeira Azul sucessivamente desde 2002, praia com “Qualidade de Ouro” desde 2004 e Praia Acessível desde 2007, foi ainda finalista das 7 Maravilhas – Praias de Portugal na categoria Praias de Dunas. Aqui encontra-se um areal contíguo a um sistema dunar que se estende até aos pinhais característicos da região. A presença contígua de antigas lagoas, agora transformadas em campos agrícolas e arrozais, confere a esta praia uma diversidade de paisagens únicas e biodiversidade muito própria e rica.

Equipada com um apoio de praia (restaurantes/bares, instalações sanitárias completas) e um parque de estacionamento de grandes dimensões e sombreado garantem uma qualidade de serviços de excelência.

A qualidade da água do mar, bem como as características da praia promovem a prática de atividades como a natação ou a pesca para além de, em determinadas épocas do ano, surf, bodyboard ou kitesurf. Nas imediações é ainda possível fazer passeios pedestres ou bird watching.

Gastronomia
Arroz e massa de peixe, marisco, peixe grelhado, amêijoas à Bulhão Pato e batata-doce.

Bandeira azul
Qualidade de ouro
Praia acessível

•  Praia da Comporta

Praia com um extenso cordão dunar e um imenso areal, de qualidade superior em termos ambientais, equipada com um apoio de praia (restaurante, bar e instalações sanitárias completas), acessos pedonais e estacionamentos sombreados, condições essas que garantem a manutenção dos vários galardões de excelência que lhe são anualmente atribuídos como o da Bandeira Azul, Praia Acessível e Qualidade de Ouro. A praia é ainda certificada pela Norma de qualidade ambiental ISO 14001.

O mar garante ótimas condições para banhos, sendo a qualidade da água uma garantia para a prática da natação, ou pesca desportiva para além de, em determinadas épocas do ano, o surf  e o bodyboard.

Gastronomia
Existe uma vasta oferta de restauração onde se pode encontrar pratos confecionados com produtos da região (batata-doce, arroz e peixe).

Património arquitetónico
Exemplares recuperados de antigas construções em colmo, características da região e que são também transportadas para o artesanato local enquanto miniaturas feitas no mesmo material.

Bandeira azul
Qualidade de ouro
Praia acessível
Certificação ISO 14001

•  Praia de Sol Troia e Troia

Praia de características urbanas com apoio de praia constituído por um bar/restaurante, instalações sanitárias e estacionamento automóvel inserido na urbanização de Tróia. A praia reúne condições para a certificação de qualidade ambiental ISO 14001, e está galardoada com Bandeira Azul e Praia Acessível sendo ainda reconhecida como Qualidade de Ouro, pela Quercus, apresenta um mar calmo de ondulação baixa proporcionando ótimas condições para kitesurf ou windsurf. Desde o areal, e devido à sua localização de excelência, obtêm-se uma magnífica vista sobre a Serra da Arrábida. Os acessos são feitos por passadiços em madeira, com várias áreas de repouso, que por si só são incentivos a prolongados passeios pedestres.

Situada na área mais urbana da península de Tróia, onde a oferta turística reflete uma sábia ocupação do território com total respeito ambiental, poder-se-á encontrar uma variada disponibilidade em termos de alojamentos, restauração e lazer, onde a presença do Casino de Tróia, a Marina e espaços verdes de excelência marcam a diferença.

Património natural
Observação da comunidade de golfinhos (roazes corvineiros) residentes do estuário do Sado que aí têm a sua área de alimentação.

Bandeira azul
Qualidade de ouro
Certificação ISO 14001

FAUNA

•  Na Comporta ao longo do arrozal existem: Galinha-d'água, Cegonha branca, Garça-real, Sapo parteiro, Tritão.

GASTRONOMIA

•  Caldeirada e ensopado de enguias

•  Arroz de marisco

•  Açordas

ARTESANATO

•  Cabanas em colmo

•  Pintura de vitrais e cerâmica

•  Rendas e bordados 

•  Quadros em escamas de peixe

EVENTOS ANAUIAS

•  Festa de São Romão (9 de Agosto)

•  Marchas populares (Sto. António)

•  Animação de Verão

•  FesTroia (Festival de Cinema Internacional)

•  Festa de Nª. Sra. de Troia (Agosto)

A Festa em Honra de Nossa Senhora de Tróia é hoje uma das mais importantes da cidade de Setúbal. Esta festa é marcada por uma forte devoção a Nossa Senhora de Tróia, por parte de quem a organiza, mas também de todos aqueles que nela participam. A comunidade varina de São Sebastião que assume especial relevo nesta festa, caracteriza-se por uma forte fé religiosa, pois os constantes riscos em que o mar os coloca, fá-los levantar as mãos e rezar à sua Padroeira, a Nossa Senhora de Tróia, pedindo a sua protecção.

Realizada na Caldeira de Tróia, esta festa encontra as sua origens na existência de uma ermida erguida precisamente entre as ruínas romanas de Tróia. "Nesta antiga e destruída povoação a que chama Tróia conserva-se um templo dedicado a nossa Senhora invocada de todos com o título de Senhora de Tróia, nome certamente mais imposto das ruínas que de alguma outra povoação que tivesse semelhante nome". Assim nos relata Frei Agostinho de Santa Maria em 1707, mas existem indícios mais antigos que nos remetem para a existência da ermida em Tróia. Um documento de 1482, no reinado de D. João III, refere a existência de um ermitão em Tróia, comprovando a da sua respectiva ermida. Em 1510, com a Visitação da Ermida de Nossa Senhora de Tróia pela Ordem de Santiago, é-nos fornecida uma descrição minuciosa da ermida e dos objectos que detinha. Nas Informações Paroquiais de 1758, o pároco de São Sebastião relata e realização de duas festas anuais em honra de Nossa Senhora de Tróia: "A imagem desta Senhora hé muita milagrosa em cuja Igreja se selebrão em o mes de Agosto duas festas annuáes, huma pelas orteloens da terra, e outra pelos homens marítimos a que concorrem grande parte do povo desta Vila". além de mencionar que a sua paróquia, a de São Sebastião, compreendia a ermida de Nossa Senhora dos Prazeres no sítio de Tróia. Já em 1707, Frei Agostinho de Santa Maria dizia-nos: "É esta ermida anexa à Paróquia de São Sebastião freguesia da vila Setúbal. Festejada a 15 de Agosto", referindo que a imagem de Nossa Senhora de Tróia era muito antiga, colhendo grande devoção por parte dos moradores de Setúbal. Nos finais do século XIX, há noticias que referem o restauro da ermida, tendo a imagem da Senhora de Tróia permanecido por algum tempo em Setúbal.

A partir daí, existe uma lacuna nos registos, pelos menos até ao inicio da década de 30 do século XX, no que respeita à realização da festa. Durante este tempo, a festa encontrava-se entregue ao pároco de Melides.

Mas em 1945, os quatro sacristãos da cidade, dos quais se destacou o saudoso João "Sacristão", também ele de origem varina, retomam a organização da Festa da Tróia, retornando para sempre à Paróquia de São Sebastião. Já em 1948, a organização é entregue aos pescadores, os varinos de São Sebastião que ainda hoje a detêm, sendo eles os principais romeiros desta Festa.

Actualmente, são vários e distintos os períodos que marcam estes festejos em honra da Senhora de Tróia. Realiza-se normalmente dentro das três primeiras semanas de Agosto, consoantes as marés. Assim, em primeiro lugar, realiza-se o Tríduo, uma série práticas religiosas na Igreja de São Sebastião, com a presença da imagem de Nossa Senhora de Tróia, durante três dias consecutivos, ou seja, antes das festas na Caldeira em Tróia. Depois, no Sábado à tarde a Senhora de Tróia sai da Igreja de São Sebastião em procissão, até à Doca das Fontainhas, donde segue para a sua ermida em Tróia, em procissão fluvial. No dia seguinte pela manhã, celebra-se a missa campal seguida de uma procissão pela praia da Caldeira, sendo a tarde destinada ao convívio e diversões. Finalmente, na manhã de segunda-feira, há uma missa matinal, muito vivida pelos festeiros, e à tarde, a derradeira procissão pelo rio Sado - O Cirio -  integrada por todas as embarcações de pesca e recreio, devidamente enfeitadas para o efeito. O hábito de enfeitarem os barcos a preceito, é algo que já se fazia nas primeiras festas, actividades a que dedicavam tempo considerável. Os pescadores das Fontainhas sentem grande orgulho em ver os seus barcos decorados, consoante o gosto de cada um. A mais bela embarcação preside a procissão, levando o andor de Nossa Senhora de Tróia. Actualmente, as autoridades competentes da cidade de Setúbal acompanham também esta procissão pelo rio, que ruma em direcção ao Hospital do Outão, onde os doentes assistem à passagem da Senhora de Tróia, percurso já realizado durante alguns anos, depois de 1945. Seguidamente, a procissão sobre o rio Sado pela sua margem direita, parando um pouco em frente ao nicho onde está colocada a Senhora do Cais, imagem que, noutros tempos, merecera grandes honras por parte dos pescadores de São Sebastião.

Em tempos mais antigos, a Festa de Tróia não integrava todos estes momentos que foram mencionados. Contudo, ela decorre num ambiente e meio muito singular, o que faz dela uma festa única. Por si só, o facto de existir um acampamento na Caldeira, antes e depois da festa, é gerador de uma aproximação entre os participantes que, assim se distanciam da vida de todos os dias. Nas primeiras festas, toda esta situação estava muito mais presente, uma vez que Tróia era quase isolada e os transportes não se encontravam acessíveis a todos. A grande fatia dos participantes deslocava-se até Tróia e lá permanecia, na Caldeira, durante os dias da festa, o que ainda hoje acontece, e onde são levadas a cabo diversas actividades, entre as quais vários jogos. Tudo se passava na praia, prevalecendo a relação entre os participantes e o mar, afinal de contas, são pescadores. Acampavam em barracas ou nos seus próprios barcos, os saveiros, sendo os participantes desta festa na sua grande maioria, os varinos da zona das Fontainhas, aos quais se juntaram posteriormente, os do Bairro Santos Nicolau e do Bairro da Conceição. Por sua vez, os pescadores do Faralhão, Praias e Carrasqueira tornaram-se também, mais tarde, participantes nesta festa. O facto de se dedicarem à apanha da ostra nos mesmo local onde pescavam os varinos, fez com que o convívio entre eles nascesse, prolongando-se de igual modo, nos dias da festa. Toda esta realidade convidava ao convívio. Não existiam pobres, nem ricos, tudo era partilhado, pois eram vizinhos, sendo todos dominados por um ambiente de alegria e de festa em torno da grande devoção que tinham à Senhora de Tróia.

Nas primeiras festas realizadas, a Senhora de Tróia não saía da sua ermida. Os festeiros partiam de Setúbal nos seus barcos sem levarem a imagem com eles, em procissão, como hoje se faz. A missa era celebrada na ermida de Tróia, seguida pela procissão que se realizava ali mesmo na praia. Eram momentos muito participados e sentidos por todos.

A partir de meados do século passado, as celebrações da Festa da Tróia, assumia os contornos que ainda hoje detém, acima referidos. Nos dias que correm, esta Festa recolhe a participação de muitas pessoas da cidade de Setúbal, mas antigamente, eram os pescadores, as conserveiras e as vendedoras na praça que a ela acorriam.

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